domingo, 12 de maio de 2019

ELIAS SIQUARA SE DESPEDE DE CARAVELAS E SOBRE ELA VAI ENSINAR NO CÉU







ELIAS DE JESUS SIQUARA, aos 96 partiu sereno para novas  jornadas onde seu conhecimento e desenvolvimento foi necessário.
Seu Elias, como era  chamado carinhosamente pela população de Caravelas, era muito querido e admirado por todos, não só por seu temperamento simpático e agradável, mas também pelo conhecimento profundo que tinha sobre a história passada e contemporânea de Caravelas.Filho de Amélio Siquara que teve prole numerosa e famosa por sua dedicação às causas do município,  ""Seu"" Elias, era figura ínpar. Não havia coisas ou fatos sobre nossa cidade que ele não soubesse. Quando se tinha dúvidas sobre  qual foi o primeiro avião que pousou em Caravelas, era a ele que se  perguntava.Quando a dúvida pairava sobre  o torpedeamento de um navio brasileiro nas águas da Bahia, ele tinha a resposta na ponta da língua. Sabia tudo e mais alguma coisa sobre a construção do nosso aeroporto , sobre o porto e sobre a antiga Estrada de Ferro Bahia e Minas.
Um homem alegre e participativo, integrou por vários anos a diretoria do Rotary Clube de Caravelas. Tinha paixão pela Escola de Samba Irmãos Portela, e nunca deixou de nela desfilar esbanjando simpatia e transmitindo alegria.Escola esta que o homenageou este anode 2019, quando foi escolhido como tema do samba enredo.

Comerciante famoso por sua "CASA 27 - A que pintava o sete na Rua 7 .Certa vez conversando com ele, disse-me que por várias vezes, no tempo áureo da aviação em Caravelas, cansou de ir pela manhã fazer compras na zona do Saara no Rio de Janeiro, embarcando em um avião no aeroporto de Caravelas  e voltando no mesmo dia à tarde com os artigos que precisava para sua loja.

SOBRE O PASSAMENTO DE ELIAS SIQUARA, O EX-prefeito de caravelas, DAVID DA CAIXA DISSE AS SEGUINTES PALAVRAS:

""Recebi agora a triste notícia da Morte do nosso querido Elias Siquara, que tive o prazer e a honra de conhecer, de ser amigo e de desfrutar de horas de conversa, sempre ensinamentos e aprendizagem. Mesmo sabendo que NUNCA perdemos nada pra Deus, o vazio provocado pela ausência física permanecerá enquanto vivemos, mas é certo que nos corações de quem o amava, ela estará sempre presente, Rogamos que Deus conforte todos os familiares e a nós amigos"" David da Caixa

", Seu Eias deixa muita saudade e uma lacuna difícil de ser subistituida na história dessa Caravelas de  516 anos de existência.


Elias de Jesus Siquara partiu feliz e sereno para novas missões no mundo ainda desconhecido para nós que continuamos no planeta terra. Aqui, brilhou muito e disseminou  o conhecimento.Gostei muito que a Escola de Samba Irmãos Portela o tenha homenageado em vida, ainda este ano de 2019.Uma homenagem merecida e  que ficará para sempre na história e no corações dos caravelenses que tiveram o privilégio de conhecê-lo e beber de sua sabedoria (Jèsus Barreto)


sexta-feira, 10 de maio de 2019

ITÁLIA HOMENAGEIA EXÉRCITO BRASILEIRO COMEMORANDO O FI M DA TERCEIRA GRANDE GUERRA





Itália homenageia Força Expedicionária Brasileira ao rememorar os 74 anos do fim da 2ª Guerra Mundial

O dia 25 de abril de 1945 é considerado o “Dia da Liberação” do jugo nazifascista durante a Segunda Guerra Mundial, por isso, nesse dia, celebra-se, na Itália, a Festa della Liberazione, sendo uma das principais datas cívicas italianas. No corrente ano, as comemorações assinalaram homenagens aos 74 anos do fim do maior conflito bélico vivenciado pela humanidade. Por esse motivo, a última semana de abril foi repleta de solenidades na nação amiga.

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) integrou o efetivo das tropas aliadas que combateram as forças nazifascistas em território italiano durante a Segunda Guerra Mundial. A FEB contabilizou o envio de 25.334. militares para a campanha na Itália e participou efetivamente das operações de combate nas regiões da Toscana, Emilia-Romagna, Lombardia e Piemonte, na porção norte do país. As regiões italianas são divisões político-administrativas que equivalem aos estados no Brasil.

Nas regiões onde o Brasil combateu, as cerimônias de caráter cívico-militar reverenciaram a efetiva participação da FEB na liberação de inúmeras cidades italianas durante o conflito bélico. Houve solenidades e eventos alusivos às tropas brasileiras nas cidades de Gaggio Montano, Montese, Sassuolo, Vignola, Collecchio, Fornovo di Taro, Tortona e Stafolli.

Em Gaggio Montano, ocorreu a significativa inauguração do monumento em homenagem ao Primeiro-Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira, do 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado, Unidade de Cavalaria que integrava o efetivo combatente da FEB.

O Ten Amaro faleceu em 20 de novembro de 1944, nos arredores de Gaggio Montano, na localidade de Montilocco, durante uma ação ofensiva da tropa de Cavalaria contra uma posição defensiva nazista. Naquele momento, as ações das tropas aliadas no entorno de Gaggio Montano objetivavam a sondagem dos efetivos, meios e possibilidades dos efetivos inimigos que dominavam as alturas de Monte Belvedere e Monte Castello, acidentes capitais da notória Linha Gótica. O primeiro ataque aliado de larga escala a essas posições ocorreu em 24 de novembro de 1944, porém a conquista definitiva somente veio a consolidar-se em 21 de fevereiro de 1945.

O 1º Esquadrão de Cavalaria Leve (1º Esqd C L), situado na cidade de Valença, Rio de Janeiro, ostenta a designação histórica “Esquadrão Tenente Amaro”, sendo a organização militar de Cavalaria herdeira das tradições do lendário 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE/FEB).

Na cidade de Montese, também ocorreram eventos específicos para reverenciar os heróis brasileiros que tombaram no cumprimento do dever durante a Segunda Guerra Mundial. Foram realizadas homenagens ao Sargento Max Wolf Filho, falecido em combate em 12 de abril de 1945, durante as ações ofensivas para a identificação das posições inimigas no entorno da localidade, e ao Aspirante a Oficial Francisco Mega, que tombou em 15 de abril de 1945, na consolidação da conquista de Montese, um dia após a ação principal na cidade.

No principal monumento referente à liberação de Montese, a cerimônia cívica assinalou emblemática homenagem à FEB com o canto da Canção do Expedicionário por crianças de escolas municipais. Em Sassuolo, Vignola, Collecchio e Tortona, houve cortejos e deposições de flores nos monumentos que homenageiam as tropas brasileiras que combateram pela liberação dessas cidades durante a guerra.

Em Staffoli, além da tradicional cerimônia cívico-militar, também foi realizada uma missa no entorno da pequena Capela de pedra construída por soldados da FEB em dezembro de 1944. A obra rústica, edificada com meios de fortuna no local do então acampamento brasileiro, foi dedicada à Nossa Senhora de Lourdes e representa a expressão religiosa que confortava os pracinhas naquele período de desafios e adversidades. Anualmente, as Prefeituras de Castelfranco di Sotto, Fucecchio e Santa Croce sull’Arno colaboram para a consecução do evento.




Em Fornovo di Taro, onde, em 28 e 29 de abril de 1945, ocorreu a rendição de tropas nazifascistas à FEB, a atual gestão administrativa municipal promoveu a encenação do momento histórico. Nesse mesmo período, há 74 anos, cerca de 15.000 militares do XIV Exército alemão depuseram suas armas perante o Comando da FEB. Esse efetivo integrava a 148ª Divisão de Infantaria alemã, a 90ª Divisão Bl.


indada alemã (Divisão Panzer Grenadier) e a 1ª Divisão de Infantaria italiana (Divisão Bersaglieri Itália).

Idealizada e promovida pela Prefeitura de Fornovo di Taro, a encenação foi realizada por grupos de voluntários italianos e historiadores das regiões da Toscana e Emilia-Romagna. Além da homenagem às tropas brasileiras, o evento também buscou evidenciar os 74 anos do fim dos conflitos bélicos da Segunda Guerra Mundial em território italiano.

“O episódio de abril de 1945 em Fornovo di Taro, vivenciado vitoriosamente pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária brasileira, constitui inegável marco de transcendente significação para a historiografia militar nacional. Será sempre motivo de justo orgulho para o Exército Brasileiro e, ao mesmo tempo, um poderoso estímulo e uma perene fonte de confiança nas possibilidades de nossos quadros e soldados” (do livro “A FEB pelo seu Comandante”, de autoria do Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes).
Caravelas enviou muitos de seus filhos para o front na Itália, e fazemos menção aqui ao pracinha Antônio Sá Rodrigues, o Antonio Júlio, que foi metralhado nas pernas quando rastejava na neve salvando um oficial gravemente ferido pelo inimigo. Ambos sobreviveram e nosso conterrâneo foi condencorado e graças à Deus voltou para a sua terra natal, a sua Ponta de Areia, em Caravelas.

Fontes- Arquivo e Exército Brasileiro- Defense.com

sábado, 4 de maio de 2019

30 anos após voo com Ayrton Senna, Esquadrão Jaguar voa com irmão do ídolo





NA ALA 2, LEONARDO SENNA RELEMBROU VOO DO IRMÃO E PARTICIPOU DE HOMENAGEM AO PILOTO





Em 1989, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o ídolo Ayrton Senna se encontraram. Em Anápolis (GO), o Esquadrão Jaguar (1º GDA) fez uma simulação de interceptação da aeronave PT-ASN e, em seguida, recebeu Senna para um voo de demonstração a bordo do supersônico Mirage III. Nesta sexta-feira (03/05), a lembrança do herói brasileiro esteve presente na Ala 2 como há 30 anos. A mesma unidade aérea, que celebra 40 anos em 2019, recebeu a visita do irmão do tricampeão, Leonardo Senna, para homenagear os 25 anos de legado de Ayrton e rememorar o voo inesquecível nos céus de Anápolis.

O Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues, falou sobre a relação da organização militar com a velocidade, que eternizou Ayrton Senna no esporte mundial. “Em minha mente, não teria outro lugar melhor para se fazer essa homenagem da FAB para Ayrton Senna. Ele voou aqui e é uma casa da caça, da velocidade, e ele se sentiu muito emocionado em seu voo, o que foi demonstrado também hoje, por Leonardo”, disse o Coronel Mioni.

Leonardo Senna chegou pouco antes das 10h na sede do Esquadrão Jaguar. Lá, ele conheceu as instalações do grupo e recebeu as instruções e equipamentos para voar a bordo do caça F-5, aeronave operada pelo 1º GDA atualmente. No briefing anterior à decolagem, ele foi questionado da mesma forma que Ayrton foi pelo piloto daquele voo, Tenente-Coronel Alberto de Paiva Cortes, há 30 anos: “O que você espera desse voo?”

Em 1989, o tricampeão mundial foi direto, queria sentir a velocidade supersônica, a diferença entre pilotar um caça e pilotar um carro de Fórmula 1. Já Leonardo foi mais contido, como disse ao embarcar na aeronave de matrícula FAB 4812. “Vou ser bem mais comedido: vou querer emoção, mas bem menos que Ayrton. Estou bem tenso, depois de todos esses procedimentos de segurança, do assento ejetável... Mas temos que ir, seja o que Deus quiser”, brincou.

E assim começou a experiência do voo de Leonardo Senna. Às 11h, o Major Aviador Cristiano Peixoto pedia autorização à torre de controle e decolava nos céus de Anápolis. De acordo com o piloto, o início foi cauteloso, mas depois Leonardo mostrou coragem. “Durante o voo, nós permanecemos no circuito de tráfego e fizemos aproximações e arremetidas no ar, atingindo cerca de 800 km/h a 300, 400 pés do solo. No início, ficamos cautelosos com a possibilidade de enjoo, mas depois ele esteve bem e até pediu para experimentar a força G de forma mais intensa. Para mim, foi uma honra participar dessa homenagem a Ayrton Senna, um ídolo que inspira a todos e que elevou a bandeira do Brasil a um ponto mais alto”, disse o Major Peixoto.

Após 20 minutos e diversos voos rasantes, o caça aterrissou novamente na Ala 2 e sua tripulação foi recebida com a tradicional festa do champanhe, tão presente nas celebrações de Ayrton Senna nos pódios da maior categoria do automobilismo mundial.

“Estava muito apreensivo no começo, mas me acostumei rápido e cheguei a pedir mais velocidade, e chegamos a 4.2 G. Fizemos manobras próximas ao solo e foi muito gostoso. Estou feliz por essa homenagem da Força Aérea. Fui bem mais modesto, Ayrton já iria querer passar o mais próximo do chão. Estou tendo uma semana de emoção, Ayrton sempre foi muito patriota e fico muito feliz com essa homenagem”, disse Leonardo após a aterrissagem.

Após a adrenalina do voo, outra emoção tomou conta da área operacional da Ala 2. Em celebração ao voo do ídolo nacional e aos 40 anos do Esquadrão Jaguar, a aeronave Mirage FAB4940 recebeu uma pintura alusiva ao tradicional capacete do automobilista, desenvolvida por Raí Caldato e Alan Mosca, este filho do designer Sid Mosca, que assinava a arte nos capacetes de Senna. “A pintura incorporou Senna e a história da Base Aérea, ficou perfeito. Fico muito orgulhoso, eu e meu pai sempre fomos muito fãs da FAB e foi uma grande honra poder participar dessa homenagem, me sinto privilegiado. Foi uma realização profissional, me orgulho como brasileiro e patriota, principalmente sendo uma homenagem para Ayrton, que agora está imortalizada”, afirmou Alan.

Para aqueles que quiserem conhecer de perto a aeronave em que Ayrton Senna voou em 1989, o Mirage III matrícula FAB 4904 está exposto para visitação no Museu Aeroespacial (MUSAL), unidade vinculada ao Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), localizada no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro (RJ). Na fuselagem do supersônico, estão eternizados os nomes dos tripulantes e a data daquele voo, 29 de março de 1989.


Com informações do site Defesa https://defesa.com.br

ABEIRA DO ARACARÉ

Brasil produz Lanchas Blindadas de Ultima Geração